É como ter povoado, de árduos tormentos, o coração;
Como encher de lágrimas os olhos.
Não sentir o que sinto há muito,
Nem ter o que tenho na palma de minha mão.
Ao acaso, no vácuo, quem era.
No opaco olhar de um cego, ou um morto
Vejo a despedir-se, fraca de coração torto,
Minha tão sentida e triste Quimera.
Ao sonhar neste meio de tantas equações,
De tantas clausuras, sonhos no abstrato,
Sinto um aperto no peito.
E de longe vejo minhas afeições.
Enfim ser o que querem que sejamos
Afoga nossa vontade.
Derrota nosso Povo, porque agem como se diz,
E, em vão, depois da derrotas, vão dizer: - Lutamos!
Morais Oliveira.