sábado, 25 de setembro de 2010

O Pecado de Amar!


























Se meu corpo cometeu algum pecado
Há de ser perdoado,
Pois, se me tornei vilão
Foi minh’alma que estava banhada de amor.
E quando a gente ama...
Deve-se, pelo menos, ser perdoado.
Os sentidos se desnorteiam sempre ébrios ficamos!
Somos movidos pelos impulsos dos desejos.
E qual é o pecado cometido quando se ama?
Ainda não sei explicar, creio que nunca saberei.

Os dias quentes são refrescados pelas lágrimas
Que caem dos meus olhos;
As tardes de mormaço
Pelas as músicas do Renato;
E as noites pelo romantismo de Byron.
O pensamento distante, tentando te encontrar:
A tradução de “THE RAVEM” na mesa;
Poemas do Gonçalves nas mãos;
E a poesia do Cazuza e do Renato no som.








Amauri Jr.

sábado, 18 de setembro de 2010

Ser Imundo!

























São os teus berros amaldiçoados
Que me inclinam aos vultos negros
Que assombra a mente da criança indefesa.

São teus golpes de sangue pisado
Que arruínam o meu coração machucado
Que transpassastes com a faca traiçoeira.

São tuas feridas fétidas e imundas
Que apodrecem também minha existência
Desatinando meu ser.

São as carniças de teus dentes cariados
Que me enoja até o último fio de cabelo,
Que polui o ar puro.

São as remelas de teus olhos inchados
Que expulsam os bons e honestos
Que iriam permanecer ao meu lado.










Morais Oliveira.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Status Solidão








E bolo na cama
Me agarro aos lençóis
Na coxa azul turquesa
Um cheiro de nós

E dedo na lama
Fulgura nós.
De sangue e dor
Pensando em vós!

Ainda meia-luz
Da porta do banheiro
Fechos os olhos
Não estou inteiro

E como estaria?
Se a tua porta
O meu olho molhado
Traz-te luz morta?

Basta em ti pensar
Cine se abre no teto
És mais que mistério
Um doce pesar

De resto me banho
Em vultos descalços
Nem sombras, nem luz
Só outro alabastro









Abraão Vitoriano e Amauri Jr.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Versos ao Mar




















O vento soprava vorazmente;
O barulho soava como canções celestiais;
E quando meus olhos saudosos avistaram o mar:
A memória inconsciente,
Os sentidos, sem sentido,
O mar revolto, não tanto como meu coração.
Rompeu-se da alma o desejo atroz
O vento soprava cada vez mais forte.
As ondas se agitavam veloz e ferozmente.
O peito aturdido de angustia
E a pergunta que azucrina a mente
Desvairado feito louco:
Quem é ela?








Amauri Jr.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A Terceira Guerra Mundial









A face negra da morte
Depois da fervorosa explosão
Revela-se num cogumelo cinza:
Tudo agora é laranja!
O vento sempre sopra vaporadas quentes,
E reproduz um assobio assustador.
A fome se vê nas costelas das crianças;
Estendendo as suas mãos em forma de súplica.
A vida se foi com o sopro e o estrondo quente.
E os que ainda “vivem” choram as percas!
E derramam sangue ao invés de lágrimas!









Amauri Morais!

A Terceira Guerra Mundial, por Juvimário Andrelino!





E a ambição no mundo aumentou.
Não se pensava mais em valores, amor ou amar.
Tudo girava em torno do querer PODER.
Ai veio umas explosões: -BUM! BUM! BUM! BUM!

Depois virão enormes cogumelos e nunca mais haverá vida como antes.
Tudo se transformará em cinza. As cores do mundo sumirão e as pessoas também.
Só se enxergará sofrimento e fome
Viver aqui é querer morrer

Porque tudo o que era vida foi transformada em morte








Juvimário Andrelino.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A Saudade do Poeta!






          Hoje eu vi uma cena que há muito esperava. Eu vi a lua, com seu corpo prateado, ser engolida por nuvens negras. Esta cena acendeu a chama quase morta que meu coração segredava: a noite estava clara; o vento soprava uma vaporada quente e suave. As estrelas se aglutinavam no céu, a Estrela Dalva brilhava como nunca. E a lua, ah! Como brilhava; seus raios banhavam minha face, deixando trêmulos meus lábios. A lágrima única, não desceu, pois se perdeu entre meus cílios, agora molhados. Aos poucos a deusa prateada ia sendo ocultada; a noite ficando mais fria, sombria, triste. Não tão triste como o meu olhar; procurando entre, as poucas, nuvens brancas, uma que parecesse com teu sorriso tenso, ou teu olhar lúgubre. Tudo em vão. Não encontrei nenhuma que se assemelhasse a ti. E as nuvens brancas que ainda sobraram iam desaparecendo, aos poucos. Até não mais restar nenhuma. Meu rosto, então, recebeu o frescor de minhas lágrimas quentes. E permaneci em pranto desonesto.









Amauri Jr.