quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A Saudade do Poeta!






          Hoje eu vi uma cena que há muito esperava. Eu vi a lua, com seu corpo prateado, ser engolida por nuvens negras. Esta cena acendeu a chama quase morta que meu coração segredava: a noite estava clara; o vento soprava uma vaporada quente e suave. As estrelas se aglutinavam no céu, a Estrela Dalva brilhava como nunca. E a lua, ah! Como brilhava; seus raios banhavam minha face, deixando trêmulos meus lábios. A lágrima única, não desceu, pois se perdeu entre meus cílios, agora molhados. Aos poucos a deusa prateada ia sendo ocultada; a noite ficando mais fria, sombria, triste. Não tão triste como o meu olhar; procurando entre, as poucas, nuvens brancas, uma que parecesse com teu sorriso tenso, ou teu olhar lúgubre. Tudo em vão. Não encontrei nenhuma que se assemelhasse a ti. E as nuvens brancas que ainda sobraram iam desaparecendo, aos poucos. Até não mais restar nenhuma. Meu rosto, então, recebeu o frescor de minhas lágrimas quentes. E permaneci em pranto desonesto.









Amauri Jr.

Um comentário:

  1. por que não sublime?!
    sua prosa é cara e boa!

    abraços,
    do homem-menino
    um dia quem sabe parecido escrevo...

    fique com Deus!

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