Hoje eu vi uma cena que há muito esperava. Eu vi a lua, com seu corpo prateado, ser engolida por nuvens negras. Esta cena acendeu a chama quase morta que meu coração segredava: a noite estava clara; o vento soprava uma vaporada quente e suave. As estrelas se aglutinavam no céu, a Estrela Dalva brilhava como nunca. E a lua, ah! Como brilhava; seus raios banhavam minha face, deixando trêmulos meus lábios. A lágrima única, não desceu, pois se perdeu entre meus cílios, agora molhados. Aos poucos a deusa prateada ia sendo ocultada; a noite ficando mais fria, sombria, triste. Não tão triste como o meu olhar; procurando entre, as poucas, nuvens brancas, uma que parecesse com teu sorriso tenso, ou teu olhar lúgubre. Tudo em vão. Não encontrei nenhuma que se assemelhasse a ti. E as nuvens brancas que ainda sobraram iam desaparecendo, aos poucos. Até não mais restar nenhuma. Meu rosto, então, recebeu o frescor de minhas lágrimas quentes. E permaneci em pranto desonesto.
Amauri Jr.
por que não sublime?!
ResponderExcluirsua prosa é cara e boa!
abraços,
do homem-menino
um dia quem sabe parecido escrevo...
fique com Deus!