E ao fim de infinda demência,
E minha mente parecer sonífera;
Temo a quem me tem clemência
Ser atacado por desmedida epífora.
E em pequenas epifanias
Deus iluminar meu pranto;
Que me enrole em seu manto.
E que perdoe minhas heresias.
Envolvam-me em chama ardente;
Do pó nasci, ao pó voltarei,
E meus restos ao ar, ao mar, eu destinarei;
Respirando, mergulhando me empreende.
Sinais de mim ao vento;
Sombras de eu ao mar;
Sonhem e lembrem de meu passar;
Relembrem de mim ao relento.
Amauri Morais.
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