terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Dormência.


E ao fim de infinda demência,
E minha mente parecer sonífera;
Temo a quem me tem clemência
Ser atacado por desmedida epífora.

E em pequenas epifanias
Deus iluminar meu pranto;
Que me enrole em seu manto.
E que perdoe minhas heresias.

Envolvam-me em chama ardente;
Do pó nasci, ao pó voltarei,
E meus restos ao ar, ao mar, eu destinarei;
Respirando, mergulhando me empreende.

Sinais de mim ao vento;
Sombras de eu ao mar;
Sonhem e lembrem de meu passar;
Relembrem de mim ao relento.





                   Amauri Morais.

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