Tonitruante é a voz de quem assombra
A mente inquieta de um marginal,Que inquieta mais à mente de sombra.
O céu ainda obscuro, outro vendaval.
Cada vez mais me ataca a misantropia;
Abusam-me todos os que fazem sermos
Seres infames que crêem em utopia.
E iludem ao ponto de pensarmos termos.
Não inflamem meu terno de outrora.
Agora me vejo ante a escuridão,
E espero o novo brio da aurora.
Feito-me sede de quem tem coração.
Saciar este arranhão que força a garganta,
Que seja mais forçado que o de outrem.
E faz-me deduzir qual seja a tarântula
Que me ousa a apanhar o próximo trem.
Amauri Morais.
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