quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Abjeção.









Eu não sou um covarde que pensa em tudo,
Mas, sou sim, um homem que vive o nada.
Gentil canto da abjeção amada,
Grito, pasmo, falo, fico imundo.

Fere-me saber, quando não queria,
Que dana-me percas de um sentimento.
E assim ando, continuo o meu lamento,
Todavia, lembro-me de quando ria.

Meu sorriso entristece, destrói!
Meu pranto alegra, me felicita!
Por isso digo que ele me constrói!

Feliz, me acho e, mais hei de está,
Quando mais tarde me achar, feroz,
Meu coração, o melhor me fará.




Amauri Morais.

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