terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Efêmeros.


Louvo-te Senhor, criou-me humano,
Por em anjo não ter me transfrormado,
Melhor em ser inferior ter criado.
Não imagino ser um soberano.

Eu amo muito a minha inconstânca.
Quanto importa-me a eternidade?
Se nela não enxergo a liberdade!
Se o ser Altíssimo fez-me substância!

Sou feliz porque também sou mortal,
Eu triste seria se fosse um eterno,
Isto sim, far-me-ia infinito mal.

Enfim, cedo-me a todo fraterno,
De que adianta desejar esse tal?
Se ainda me falta amor paterno!





Amauri Morais.

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