domingo, 21 de fevereiro de 2010

Doentio.

Enquanto insistirmos em escolher
Representantes que insistem em falar,
E Nada de ação, melhoras escolhem fazer
Vamos tentar ser o que posso sonhar.

Árduo sono faz-nos, quem se ama, velar;
Seguirmos tendo de lágrima fria verter.
Perder teu, meu sonho num astro irregular,
E nosso sangue de remorso hei de novo ferver.

Sorte de louco desvairado em seu padecer,
Que ninguém acredita ter algo para nos melhorar.
Hoje ser louco é saído de um mundo de perverter,
Melhor viver a loucura de que ter de fraquejar.

Enfim, melhor a bagunça de crianças espelhar,
De que em uma bagunça de um mundo doente permanecer.
Este tudo que obriga-me mais que nada a pestear,
Faz-me também toda imundice de agora tecer.





                                             Amauri Morais.

2 comentários:

  1. Grande Amauri,
    não à toa sua sedução com as palavras...

    dentre estes novos escritos: "Ser agora o que não fomos antes." é simplismente perfeito, parece Pessoa ou Drummond...

    um abraço,
    até mais!

    do homem-mais-menino

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  2. Obrigado Menino-Homem, mas sabemos que é o mestre das palavras. Abraços!

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